quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

# IV - Uma noite e um sonho

Pois como quem diz que coiso, José teve a belíssima ideia de ir ler assim que chegou a casa, ainda transtornado pelo encontro de primeiro grau com dois monstros: um sapo e um macaco. Tudo isso num fim de tarde que deveria ser normal, não fosse aquela porcaria de situação em que se metera.
Voltando à leitura, deu por si numa parte extremamente interessante do texto:

"Ele virou-a com força e pô-la de quatro. Estava tão inebriado pelo cheiro dos corpos que nem se apercebeu que ela lhe cravara a unha nas costas durante a posição anterior..."

Eh pah!!! Não era isto que eu estava a ler!, pensou José. Sabe-se lá como, uma revista pornográfica tinha-lhe ido para às mãos, na parte menos interessante: a da literatura porno!

De repente, um som fê-lo despertar dos seus depravados pensamentos: algo batera na janela com força. José virou-se e esperou para ver se seria apenas da sua imaginação, mas de novo algo bateu na janela. Levantou-se então e dirigiu-se, a medo, da única janela da sua sala. Quando estava quase junto, o objecto bateu de novo na janela, mas desta vez com tanta força que acabou por partir o vidro, embatendo também na cabeça de José, fazendo-o cair para trás agarrado à testa que sangrava.

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